Poeta André Vasconcelos
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Despertar!!!
Seu Despertar!
Um velho encosto e o prometer do seu amor.
Passa lá em casa pra me ver.
Sentar ao redor da nossa mesa
Pra que eu possa lhe dizer...
Que os lustres da sala já não tem o mesmo brilho
Eles já não reluzem tua face.
Percebeu?
Aquela foto de geladeira juntos tambem se perdeu
Eu quero ter mais.
Passa lá em casa pra me ver...
Rever o que apagou com sua distancia
Eu não sei se dará certo ficar
Ficar longe dos teus olhos
Que me fala como um punhal de amor no Silencio.
Sim...
Seu amor...
Transpassou minha alma.
Aquela Palavra ferida.
É como se por horas ficasse batendo palmas.
Eu quero ter mais com você.
A sua ausencia
É minha falencia
Você sem complacência
Doi o coração e suas desavenças.
Na geladeira tem cerveja
E que assim seja.
Mas saiba que seu amor é sentença
Ao fim, não sei dizer se ele decreta e assim sendo
Vença....
Passa lá em casa para sentir...
O que sempre te falei.
Foi... eu fiz.
Mesmo não reconhecendo a dor que acumulou
Passa lá em casa pra me ter...
E diz que houve mudanças
Fim da linha
Eu não sei.
Mas diz...
Que só veio pra me ver.
Que passou só pra me ter.
Porque se assim não for
Não haverá sentimento retribuido
Aí...
Eu não vou querer....
Que...
Você
Passe lá em casa pra me ver...
Autor - André Vasconcelos
*Inspirado na musica de Rodrigo Ramos
https://www.youtube.com/watch?v=pcIJxNn1VTw
domingo, 23 de dezembro de 2012
BOAS FESTAS AMIGOS
BOAS FESTAS AMIGOS
Boas festas...
Cada um olhando seu próprio umbigo.
E vamos comemorar...
Nos afogar em meio às privadas
De tanto beber, quem sabe vomitar...
Mas não tem nada não...
É festa.
É comunhão.
É cinismo
É ingratidão.
Mas que nada.
As festas vêm
Para que possamos esquecer...
Das falcatruas recebidas.
Das falsidades adquiridas.
Então esquece
É festa...
Ano que vem começa de novo.
Aproveite o amigo secreto.
E revele seu inimigo.
Na troca de presentes.
Presenteia sorrindo.
Dizendo tudo de bom
Mas guardando sua opinião.
Falsifique seu sentimento também.
Afinal é FESTA...
Pode-se tudo...
Vamos gastar tudo que temos.
Pra festa bombar...
Encher a casa parecendo um bar.
Mas é festa pode-se tudo.
Vamos confraternizar
Abraçar quem nem nos olha.
Pra festa melhorar...
É festa
E na festa esquecemos de tudo.
Pra uns, peru.
Pra outros, frango.
Ninguém se cuidando.
Não importa.
Estamos gastando
Afinal é festa...
do FIM do ano.
BOAS FESTAS...
Autor - André Vasconcelos
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Água
Água
Água pra beber...
Água pra se banhar...
Onde encontrar sujeira
Joga água pra lavar.
Dizem que água limpa tudo.
Lavou ta novo.
Isso pra muitos...
Água pra hidratar
Pra tirar o perfume.
Quem sabe o azedume.
Só não pense.
Que água limpa tudo.
Coisas do seu obscuro
profundo
Atitudes indigestas.
Água infectada.
Cuidado...
Água limpa.
“E quase tudo lava”.
Só fique esperto com uma
coisa.
Alma não pode ser lavada.
Autor – André Vasconcelos
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Simples Cidade
Simples Cidade
Eu só não posso e não vou
desistir.
Eu só não quero deixar eu vou
insistir.
Eu peço sinta meus versos.
Que lhe faço em ação.
Coisas do coração.
Tudo muito simples.
Como jamais sentiu.
O simples hoje já é uma
superação.
Tentam mudar.
Modificam o lugar.
Não sabem mais o que pensam.
Perdidos devem estar.
É tanta pirueta na vida.
Sem maldade
Que se esquecem da
simplicidade.
Eu não.
Não vou me oprimir.
Por trazer a realidade.
Bem mais perto de mim.
Isso trás tudo meio simples.
Isso deixa tudo mais simples.
Eu não gosto de
extravagâncias.
Eu prefiro a alma pura sem
ganância.
Eu sou mais o simples.
Onde o sentimento avança.
E nunca trás arrogância.
Não busca ignorância.
É assim viver simples
No país da intolerância.
Autor – André Vasconcelos.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Cicatriz
Cicatriz.
Eu não vim brincar.
Fui só mostrar.
Que a atitude pode nos levar.
Ao esconderijo.
Onde nunca pensou estar.
É serio sem questionar.
É verdade.
Pra quem precisar.
É olho por olho
Sem colheita.
Sem semente.
Se tu mente não veja.
É a pedra atirada por sobre a
mesa.
É a fome de voz calada sem
sobremesa.
É a solidão sobre a tristeza.
É pedra sobre pedra.
Uns titulam atitude
indigesta.
Misture tudo e jogue o lixo
na cesta.
Não pra se omitir.
Mas pra construir.
Se me deixei por fora.
Eis me aqui.
Passam se os tempos.
Chegam novas idades.
Mas eu não tenho simpatia por
vaidade.
Onde há multidão
Há vários covardes.
Pra terminar sem alarde.
Estou seguindo.
Sincero sim.
É a verdade enfim.
A poesia me fez.
Respeitar o ser humano
Assim.
Autor – André Vasconcelos
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Uma Visão
Uma Visão
Meus olhos ao fundo dos seus
olhos.
Uma analise do que meu
sentimento queria.
Eu te quero e você me querendo.
É claro que me teria.
Um olhar um estigma.
Sentimento bom, nostalgia.
Eu tentei, mas o coração não
esvazia.
É você a razão desses olhos
que se ligam.
Que se olham, derramam.
Olhos que me intrigam.
Olhos que me dão saída.
Que te deixa destemida.
Como uma flor é sempre bem
vinda.
Olhos que me dão a direção.
Renasce e fortalece, forte
como um trovão.
Olhos de gratidão.
Deitar-te aos meus braços.
Aconchegar-te em meus laços.
Aos seus olhos deixando-a nua
É o que faço.
E pra centralizar a retina.
Mansamente despi-la.
Nessa ação não há quem finja.
E pra trazer teus olhos pra
minha vida.
Desfiz o embaraço.
Descansei meu cansaço
Depositado em ti meu regaço.
Aos seus olhos,
Mando esse recado.
Autor – André Vasconcelos
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Tok de Recolher
Recolhe seu Tudo ( Tok de Recolher )
Agora é tok de recolher
Junta toda sua vida chega cedo em casa
É tok de recolher.
Ai você fica vendo a guerra pela tv.
E perceba que preso é pra toda vida
Deu pra entender...
Esse final de semana mesmo.
Bandidos rendidos mão na cabeça.
E cara no chão.
O policial chega da seis tiros pelas costas.
E um tiro para o alto.
Menos três em fuga no asfalto
De repente uma bala achada encontra você.
Até porque bala perdida não acha ninguém.
Mas eu não posso chegar tarde em casa.
E a faculdade.
E se for beber com os amigos.
Será que encontrarei algum covarde.
Será que a hora de chegar será tarde?
É tok de recolher.
A policia diz que é bandido.
O bandido só manda avisar.
A policia chega matando
Sem perguntar...
Ai eu pergunto:
Em quem confiar...
Sei que no meio de tudo isso.
Estou Eu, está você.
Estou aproveitando e recolhendo esse parecer.
Que não existe tarde e nem cedo o que eles querem.
É prender você.
Com esse sei lá quem impôs.
tok de recolher.
Autor - André Vasconcelos
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Inflamou
INFLAMOU...
A realidade que poderia ser
de todos nós.
...
Fizeram o chamado e eu estava
á postos.
Preparado quem sabe.
Sofrimento ao extremo causa
estrago.
Sentimentos expostos.
Vendi, mas não sou vendedor.
Partir, mas não sou de fugi.
Desesperei, não tenho uma pá
por mim.
A vida é assim.
Estou sozin
Deixar...
Só se passar por cima de mim.
Tem que ta armando.
Sem arma não vencerá assim.
Mas se ta desacreditando pode
vim.
Não passo pano nem faço
bolin.
A palavra é incompleta, mas a
atitude é na reta.
Enfim se quiser é assim.
Quando amanhece você percebe
que não chegou no fim.
Mas corre porque o tempo não
espera é mesmo enfim.
Me chamou e eu estou aqui.
Se é fita feita no maximo
dois
Não irão reagir.
Eu por fim quero minha parte.
E não hei de dividir com
ninguém.
Chegou à hora
Não apavora
É agora
Que assim seja.
Amém e pólvora.
Autor - André Vasconcelos
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Mudar.
Mudar
É preciso mudar.
Refazer algumas coisas.
Encarar...
É necessário subverter.
Alguns pensamentos.
Para mente entreter.
Não dá mais para esperar.
O tempo é curto.
Precisamos mudar.
Mudar para quem sabe
encontrar.
Algo que esteja longe.
O que esteja fora do lugar.
Mudar.
Encontrar.
Um lugar.
Para solucionar.
Esse penar...
Se faz necessário entender.
Que o riso que encobre.
Esconde um sofrer.
Ninguém consegue prever...
Num só olhar...
Em um só dizer...
Mudar...
Não necessariamente só mudar.
Porem ao menos repensar.
Se existe algo que possamos
modificar.
Entender que se necessário
for...
Mudar para reViVer...
Autor - André Vasconcelos
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Dona Ana.
Dona Ana
Dona Ana começa o dia...
Acorda cedo pra alimentar seu
rebento
Café bolacha manteiga nem
todo dia tem ceia.
Mas ela permanece firme.
Sua fé intacta.
Despede-se do filho que vai
para escola.
Às vezes ele engana e cabula
aula.
Mas a maioria das vezes a
desculpa nem cola.
Pensativa lava a louça.
Com todas dificuldades
possíveis.
Sem palha de aço Dona Ana é
só no improviso.
É o dia inteiro enquanto ele
não chega.
Dona Ana fica pensando no
filho.
Depois da louça...
Agora é a roupa.
E esfrega freneticamente, em um
instante.
Encherá o tanque.
Logo após terminar de arrumar
a casa.
Fazer o almoço.
Pra quando seu filho da
escola chegar.
Na contramão esta Vinicius
Filho de Dona Ana.
Cabulou mais uma vez na
escola.
E dessa vez não terá volta.
Foi pego por policiais
Fumando.
Os fardados o levaram
Dizendo que Vinicius estava
armado.
À ponta pé foi jogado.
E os fardados que nunca
tiveram conduta.
Matagal dois tiros na nuca.
Adeus Vinicius.
Talvez...
Estava no lugar errado na
hora errado.
Mas os covardes são mesmos.
Que já tem cinco processos
pelo mesmo atentado.
Policiais safados...
Quem sobrou nessa historia.
Dona Ana que já não come e
nem bebe.
Não lava louça e nem roupa.
Nem limpa mais nada, só fica
no quarto.
Pensando no que fizeram com o
seu filho.
Na missa de sétimo dia.
Dona Ana não agüentou de tristeza.
E teve um fulminante infarto.
Vinicius na contramão da
vida.
Os fardados na contramão do
que Devia.
E dona Ana essa não tem culpa
de nada.
Um filho adolescente...
E uma policia sem escrúpulos
e sem alma.
Dona Ana Dona Ana...
Essa não teve culpa de nada...
Autor André Vasconcelos
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Eis Me Aqui
Eis me Aqui
Eis me aqui.
Um sonhador.
Quem me vê.
Não diz o que sou.
Sou um sonho inacabado.
Sou coração dilacerado.
Sou peito aberto maltratado.
Um segurança investigado.
Sou um ninguém de alguém.
Sou ferida aberta também.
Quem sabe a solução.
Para o seu profundo desdém.
Eis me aqui.
Um sonhador.
Quem me viu ontem.
Não sabe quem eu sou.
Sou a voz do destemido.
Às vezes a voz do excluído.
Eu uso o silencio do reprimido.
Pra trazer a voz de um ser bem vindo.
Eis me aqui
Um sonhador.
Quem me viu chorar.
Imaginará como eu sou.
Sou um riso qualquer.
Sou força pra te por de pé.
Sou quem às vezes desacredita.
Mas em você deposita fé.
Sou um poeta qualquer.
Que faz do sentimento.
Como uma conquista de uma mulher.
Sou versos, sou poema sou nostalgia.
Sou sua disritmia.
Sou Poesia
Sou só um sonhador.
Em plena harmonia.
Autor – André Vasconcelos
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
É Fogo
A Intenção
é Fogo...
Eu vi
Ta pegando
Fogo.
Fogo,
fogo.
Dentro das
casas.
Do nosso povo.
Fogo nas
favelas.
Fogo nas
vielas.
É tudo de
madeira.
Será essa
a causa.
Ou estão
falando asneiras.
É fogo de
desespero.
Fogo de
medo.
Então se
afoga no luxo.
E o povo
intitulado burro.
Vai
morrendo e sofrendo.
E sempre
foi e é apenas um numero.
É fogo de
desprezo.
É fogo por
estar à margem.
É fogo
muito fogo.
Nas
manchetes a culpa é do povo.
E continua
a imensa dor.
Dizem que
é culpa do morador.
Morador
sem moradia.
Cidadão
sem cidadania.
Barracos
sem estruturas.
Luz artigo
de luxo.
O banheiro
é em comum.
Comum pra
todo mundo.
É fogo
essa desigualdade.
É fogo, um
fogo covarde.
É fogo nos
Compensado do povo.
É fogo na
estrutura.
Não
sobrará coisa alguma
É fogo
clandestino.
Culpados
escondidos.
É fogo e
um mau clima.
O que
sempre sobra para o povo.
Depois da
queima...
As
cinzas...
Autor –
André Vasconcelos
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Oração
Oração
Oh deus o
que faço por aqui.
Tem gente
matando gente.
Sem saber
pra onde ir.
Oh deus...
Eles não
se entendem.
Só querem
usurpar.
Destrói a
tudo.
E depois
eu que sou o confuso.
Oh deus.
O dinheiro
é soberano.
Para
lavagem de dinheiro.
Tem gente
passando um pano.
Ah deus.
O que eles
querem com isso.
Foda-se o
próximo.
O
importante é o que tenho vivido.
Ah deus.
Eles andam
perdidos.
E por
minha vez.
Sinto-me
sem sentido.
Um
alienígena.
Fora de
seu habitar
Um
indígena sem cocar.
Adeus.
Por aqui
eu me despeço.
Esse
cotidiano indigesto.
Esse
dia-a-dia. Infecto.
Adeus...
To de
partida.
Não me
venha com aquelas noticias.
Que um pai
matou toda sua família.
Adeus...
Pra
maioria barriga grande é lombriga.
Os pobres
comem água com farinha.
É Deus nos
gueto...
De chinelo
e bermudão.
Um só...
Vigiando a
multidão.
Nesse
eterno preconceito.
Adeus, adeus.
Ah Deus,
que o ser humano encontrem um jeito.
Entre a Sobrevivência
e o desespero.
Autor –
André Vasconcelos
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Véspera de Feriado.
Véspera.
Véspera de um dia qualquer.
Antecedência do momento que vier...
Véspera de talvez um sonho.
Após isso, borbulhas de um sentimento qualquer.
É véspera de uma vontade.
Inicio de uma nova bondade.
Começo meio e fim, uma trindade.
É uma véspera qualquer.
Do bem ou mal me quer.
Incluindo tudo o que puder...
Porem esqueçamos.
É uma véspera de conduta.
É tão pouco no máximo uma.
É á somatório ou uma conta burra.
A véspera é sua.
Aproveite é só a ultima.
Dia após dia.
E a véspera nos segura.
É apenas a véspera de um sonhador.
Entre palavras desencontradas.
Formas não convencionais.
Rimas de jornais.
Mas são apenas as vozes dizendo.
É véspera porem já é tão tarde.
Foi ontem
É hoje à tarde.
Portão fechado.
Véspera de Feriado.
Autor – André Vasconcelos