Poeta André Vasconcelos

Poeta André Vasconcelos
Mensageiro Natural de coisas Naturais

sábado, 5 de junho de 2010

Preso

Preso.

Aqui preso por um metro quadrado.
O piso totalmente áspero as paredes alaranjadas, por falta de reboco.
Preso por algumas convicções e condições.
Preso por paredes que eu mesmo criei.

Daqui posso ver a luz do sol e o brilho da lua.
O ar que respiro por aqui ha de voltar sobre mim.
Ele vem e volta sem ter para onde ir.
Pois trancafiado entre meus respiros, sucumbi.

O meu grito ninguém há de ouvir.
Um metro quadrado é tão pouco pra voz sair.
Mas os meus confiam em mim não posso sucumbir
Minha raça é reconhecida por não desistir.
Mesmo preso, minha raça eu não vou trair.

A respiração é pouca a luz é por uma fresta.
Essa minha vida sempre me testa.
Tira-me da dor e não contesta.
Que estremeça as paredes e as derrube é o que me resta.
Porque nas estruturas sempre há uma brecha.

Preciso sair daqui.
Daqui preciso sair.
Para poder discutir
Se num metro quadrado
É possível sorrir.

Sigo assim fechado por paredes.
A musica do vento, em falsetes.
A cada pisada, vozes contentes.
Um combate pertinente.
Uma guerra sorridente.

Porque quem nasceu na batalha.
Não se alegra em falhas.
Não vacila e não se acalma.
Guerreando desde o inicio.
Salve a minha palma.
Que me mantém na guerra.
E não distorce minha alma.

Que mesmo sempre apto a lutar.
Mas daqui fechado a gritar.
Que essa guerra eu vou guerrear.
Pois as paredes eu acabei de quebrar.
Na guerra é sempre assim.
Se em mim não acharem brecha.
Nunca vão me derrotar.

André Luis :)

Um comentário:

Jéssica Balbino disse...

Me senti "presa" ao ler este poema, nego !
Você escreve muito bem. Gostei bastante, de coração !
bjooo