Poeta André Vasconcelos

Poeta André Vasconcelos
Mensageiro Natural de coisas Naturais

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Corvo


O Corvo

Eu que nunca vi uma situação assim.
É de chorar e a alma de engolir.
O sofrer o penar que existe aqui.

Está tão perto de mim.
Perto de ti.
Está tão perto de nós.

Que não dá pra entender.
O porque.
Que tudo tem que ser pra mim para você
Parecendo que é o fim, quem vai nos socorrer.

Do que vem e vejo acontecer...

São muitas crianças morrendo por aqui.
Umas são de fome e outras de erro médico.
Mas fingem não existir...

Um menino saudável e sorridente.
Que necessitou de uma intervenção simples.
Que duraria 20 minutos e sairia de lá, contente.

Eu não sei por que acontecem tantos enganos.
Não estão manuseando papel ou panos.
É uma vida, um ser, mais não ligam.
Tudo aqui é tão cruel.

E o diretor do hospital questionado
Por mais um erro tão banal.
Responde: Isso é normal...

Normal pra quem...

Para o pobre que não tem onde cair morto.
E quando acontece isso.
Percebe que têm médicos
Que mais se parecem com um corvo.

O erro existe, mas o ser humano.
Não é um rabisco que pode ser apagado.
Cansa sofrer calado.
E dizem que ta tudo bem ta tudo irado.

E os meus morrendo a todo o momento.
Quem dirá quem irá se posicionar e recriminar.
Pois erro médico acaba com a vida e ai quem vai chorar...

Como sempre hospital público onde os pobres vão parar.
E se não querem mais isso mostrar.
Eu uso a poesia para conscientizar.
Que isso precisa parar...
Para nosso povo disso parar de chorar.

Vão causando medo na população
Mãe leva teu filho pra uma inalação
E sai de lá com um filho mutilado
Por falta de atenção.

André Luis

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