ConDor
Em nossas lutas e guerras.
Somos atingidos.
Às vezes marcas no corpo.
Às vezes na alma somos feridos
Procuro um lugar distante.
Para entender, as minhas correrias.
Um dia o problema é o prato
E no outro dia é a comida.
Vou buscar respostas no mais alto penhasco.
Como voam as aves os pássaros.
Vou tentar entender o porque de tanto descaso.
Não que esteja fugindo, mas sim procurando o caminho.
Eu vejo maldades em todos os sentidos.
O povo mata o povo a carnificina já se agregou.
É tudo muito normal à desigualdade ainda não acabou.
Voa condor... Voa com dor...
Aqui no chão.
Irmão mata irmão.
Voe para bem longe dos humanos...
Eles tratam a sua própria espécie como retalho de panos.
Porem a distancia não apagou o desgosto
Até do alto do penhasco se percebia o ser humano maquiando seu rosto.
Maquiagem de rancor, hipocrisia, desunião de dor.
Voa com dor...
Achei um lugar distante.
Mas não achei a conclusão.
O afastamento não foi suficiente para encontrar a solução.
Nem um dos mais altos vôos
Nos faz apagar a dor...
Nem mesmo o vôo do condor.
Que muita das vezes voa com dor.
Assim como as aves, nós.
Mesmo machucados pelas coisas da vida.
Alçamos vôos.
Às vezes mais baixos para retomarmos a confiança
E dissipar a dor...
Mas o objetivo é voltar e alçar novos vôos.
Assim esquecer da dor...
Seja bem Vindo
Às vezes se faz necessário voar como condor...
Autor - André Vasconcelos
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