Cabeça
fechada.
Sinto que deveria submergir a
inquietude.
Lançaram aos porcos a juventude.
Tal como a minha velhice rude.
Subtrair tudo que se foi.
Jamais obterei essa coragem.
Esquecer os bons que se foram.
E so me lembrar dos maus que ficaram.
Não somente as portas se fecharam.
Minha cabeça também é.
Vivendo com a cara e pouca fé.
Poucas coisas me fazem ri.
Mas decidi curvar a linha
Viver sarcástico como nas suas letras,
Gonzaguinha.
Sou eu um louco.
Pouco doido tipo desvairado poeta rouco.
Peças se mudam.
De um jogo á outro.
Depois eu sou o louco...
A classe igualitária te vende e você
compra.
Não existe distonia de povos e você de
favas vivendo.
A TV te vende e o compra assim como lhe
convém.
Existe “país das maravilhas” dizem que é
comum.
Mas o que vivemos já me disseram antes.
É igualmente o filme do platoon.
Alem das portas minha cabeça também se
fechou.
Desde momento
Que a maioria das cabeças loucas
deixou...
Sim eu vi e senti, contaminou...
E pela TV se apaixonou...
E as poucas cabeças que restaram.
Formadoras de atitude.
Vivem em sua plenitude.
Vivem em sua sã.
Loucura...
Autor – André Vasconcelos