Poeta André Vasconcelos

Poeta André Vasconcelos
Mensageiro Natural de coisas Naturais

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Inflamou





INFLAMOU...
A realidade que poderia ser de todos nós.

                    
...
Fizeram o chamado e eu estava á postos.
Preparado quem sabe.
Sofrimento ao extremo causa estrago.
Sentimentos expostos.

Vendi, mas não sou vendedor.
Partir, mas não sou de fugi.
Desesperei, não tenho uma pá por mim.
A vida é assim.
Estou sozin

Deixar...
Só se passar por cima de mim.
Tem que ta armando.
Sem arma não vencerá assim.

Mas se ta desacreditando pode vim.
Não passo pano nem faço bolin.
A palavra é incompleta, mas a atitude é na reta.
Enfim se quiser é assim.

Quando amanhece você percebe que não chegou no fim.
Mas corre porque o tempo não espera é mesmo enfim.

Me chamou e eu estou aqui.
Se é fita feita no maximo dois
Não irão reagir.

Eu por fim quero minha parte.
E não hei de dividir com ninguém.
Chegou à hora
Não apavora
É agora
Que assim seja.
Amém e pólvora.

Autor - André Vasconcelos

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mudar.

           Mudar

É preciso mudar.
Refazer algumas coisas.
Encarar...

É necessário subverter.
Alguns pensamentos.
Para mente entreter.

Não dá mais para esperar.
O tempo é curto.
Precisamos mudar.

Mudar para quem sabe encontrar.
Algo que esteja longe.
O que esteja fora do lugar.

Mudar.
Encontrar.
Um lugar.
Para solucionar.
Esse penar...

Se faz necessário entender.
Que o riso que encobre.
Esconde um sofrer.

Ninguém consegue prever...

Num só olhar...
Em um só dizer...
Mudar...

Não necessariamente só mudar.
Porem ao menos repensar.
Se existe algo que possamos modificar.

Entender que se necessário for...

Mudar para reViVer...


Autor - André Vasconcelos

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dona Ana.




                         Dona Ana

Dona Ana começa o dia...
Acorda cedo pra alimentar seu rebento
Café bolacha manteiga nem todo dia tem ceia.
Mas ela permanece firme.
Sua fé intacta.
Despede-se do filho que vai para escola.
Às vezes ele engana e cabula aula.
Mas a maioria das vezes a desculpa nem cola.
Pensativa lava a louça.
Com todas dificuldades possíveis.
Sem palha de aço Dona Ana é só no improviso.
É o dia inteiro enquanto ele não chega.
Dona Ana fica pensando no filho.
Depois da louça...
Agora é a roupa.
E esfrega freneticamente, em um instante.
Encherá o tanque.
Logo após terminar de arrumar a casa.
Fazer o almoço.
Pra quando seu filho da escola chegar.
Na contramão esta Vinicius
Filho de Dona Ana.
Cabulou mais uma vez na escola.
E dessa vez não terá volta.
Foi pego por policiais Fumando.
Os fardados o levaram
Dizendo que Vinicius estava armado.
À ponta pé foi jogado.
E os fardados que nunca tiveram conduta.
Matagal dois tiros na nuca.
Adeus Vinicius.
Talvez...
Estava no lugar errado na hora errado.
Mas os covardes são mesmos.
Que já tem cinco processos pelo mesmo atentado.
Policiais safados...
Quem sobrou nessa historia.
Dona Ana que já não come e nem bebe.
Não lava louça e nem roupa.
Nem limpa mais nada, só fica no quarto.
Pensando no que fizeram com o seu filho.
Na missa de sétimo dia.
Dona Ana não agüentou de tristeza.
E teve um fulminante infarto.

Vinicius na contramão da vida.
Os fardados na contramão do que Devia.
E dona Ana essa não tem culpa de nada.

Um filho adolescente...
E uma policia sem escrúpulos e sem alma.

Dona Ana Dona Ana...
Essa não teve culpa de nada...


Autor André Vasconcelos

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Eis Me Aqui



                          Eis me Aqui

Eis me aqui.
Um sonhador.
Quem me vê.
Não diz o que sou.

Sou um sonho inacabado.
Sou coração dilacerado.
Sou peito aberto maltratado.
Um segurança investigado.

Sou um ninguém de alguém.
Sou ferida aberta também.
Quem sabe a solução.
Para o seu profundo desdém.

Eis me aqui.
Um sonhador.
Quem me viu ontem.
Não sabe quem eu sou.

Sou a voz do destemido.
Às vezes a voz do excluído.
Eu uso o silencio do reprimido.
Pra trazer a voz de um ser bem vindo.

Eis me aqui
Um sonhador.
Quem me viu chorar.
Imaginará como eu sou.

Sou um riso qualquer.
Sou força pra te por de pé.
Sou quem às vezes desacredita.
Mas em você deposita fé.

Sou um poeta qualquer.
Que faz do sentimento.
Como uma conquista de uma mulher.

Sou versos, sou poema sou nostalgia.
Sou sua disritmia.
Sou Poesia
Sou só um sonhador.
Em plena harmonia.



Autor – André Vasconcelos