Poeta André Vasconcelos

Poeta André Vasconcelos
Mensageiro Natural de coisas Naturais

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

É Fogo



A Intenção é Fogo...

Eu vi
Ta pegando Fogo.
Fogo, fogo.
Dentro das casas.
Do nosso povo.

Fogo nas favelas.
Fogo nas vielas.
É tudo de madeira.
Será essa a causa.
Ou estão falando asneiras.

É fogo de desespero.
Fogo de medo.
Então se afoga no luxo.
E o povo intitulado burro.
Vai morrendo e sofrendo.
E sempre foi e é apenas um numero.

É fogo de desprezo.
É fogo por estar à margem.
É fogo muito fogo.
Nas manchetes a culpa é do povo.
E continua a imensa dor.
Dizem que é culpa do morador.

Morador sem moradia.
Cidadão sem cidadania.
Barracos sem estruturas.
Luz artigo de luxo.
O banheiro é em comum.
Comum pra todo mundo.

É fogo essa desigualdade.
É fogo, um fogo covarde.
É fogo nos Compensado do povo.
É fogo na estrutura.
Não sobrará coisa alguma

É fogo clandestino.
Culpados escondidos.
É fogo e um mau clima.
O que sempre sobra para o povo.
Depois da queima...

As cinzas...

Autor – André Vasconcelos

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Oração




                        Oração

Oh deus o que faço por aqui.
Tem gente matando gente.
Sem saber pra onde ir.

Oh deus...
Eles não se entendem.
Só querem usurpar.
Destrói a tudo.
E depois eu que sou o confuso.

Oh deus.
O dinheiro é soberano.
Para lavagem de dinheiro.
Tem gente passando um pano.

Ah deus.
O que eles querem com isso.
Foda-se o próximo.
O importante é o que tenho vivido.

Ah deus.
Eles andam perdidos.
E por minha vez.
Sinto-me sem sentido.
Um alienígena.
Fora de seu habitar
Um indígena sem cocar.

Adeus.
Por aqui eu me despeço.
Esse cotidiano indigesto.
Esse dia-a-dia. Infecto.

Adeus...
To de partida.
Não me venha com aquelas noticias.
Que um pai matou toda sua família.

Adeus...
Pra maioria barriga grande é lombriga.
Os pobres comem água com farinha.
É Deus nos gueto...
De chinelo e bermudão.
Um só...
Vigiando a multidão.
Nesse eterno preconceito.

Adeus, adeus.
Ah Deus, que o ser humano encontrem um jeito.
Entre a Sobrevivência e o desespero.

Autor – André Vasconcelos

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Véspera de Feriado.



Véspera.


Véspera de um dia qualquer.
Antecedência do momento que vier...
Véspera de talvez um sonho.
Após isso, borbulhas de um sentimento qualquer.

É véspera de uma vontade.
Inicio de uma nova bondade.
Começo meio e fim, uma trindade.

É uma véspera qualquer.
Do bem ou mal me quer.
Incluindo tudo o que puder...

Porem esqueçamos.
É uma véspera de conduta.
É tão pouco no máximo uma.
É á somatório ou uma conta burra.

A véspera é sua.
Aproveite é só a ultima.
Dia após dia.
E a véspera nos segura.

É apenas a véspera de um sonhador.
Entre palavras desencontradas.
Formas não convencionais.
Rimas de jornais.

Mas são apenas as vozes dizendo.
É véspera porem já é tão tarde.
Foi ontem
É hoje à tarde.
Portão fechado.


Véspera de Feriado.


Autor – André Vasconcelos